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quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Pesquisa demonstra níveis elevados de Gorduras trans no leite materno


"A Divisão de Pesquisa Nutricional da Health Canada publicou recentemente um estudo esclarecedor. Os pesquisadores analisaram o leite de 198 mães em aleitamento em todo o Canadá, e descobriram que os ácidos graxos "trans" respondiam em média por 7,2% do conteúdo total de ácidos graxos, sendo que a faixa de resultados ia de 0,1% a 17,2%. A análise posterior dessas gorduras "trans" mostrou que sua origem principal eram os óleos vegetais parcialmente hidrogenados (ou seja, margarina). Os pesquisadores também perceberam que a elevação do nível dessas gorduras "trans" aconteceu à custa dos ácidos graxos essenciais, colocando assim o bebê sob um risco duplo num período crucial de seu desenvolvimento.

Os dois tipos de ácidos graxos essenciais são necessários para o desenvolviemento correto dos tecidos do feto e do bebê, especialmente o sistema nervoso. Segundo John Finnegan, em "Fatos sobre a gordura", os ômega-3 afetam especialmente as partes do cérebro ligadas à capacidade de aprendizado, à ansiedade ou depressão e à percepção auditiva e visual. Também ajudam a equilibrar o sistema imunológico. Um estudo feito em 1991 pela Clínica Mayo com 19 mulheres grávidas "normais", alimentadas com dietas "normais", mostraram que todas elas tinham deficiência de ácidos graxos ômega-3 e, em menor escala, dos ômega-6. Os pesquisadores recomendaram a suplementação de ácidos graxos ômega-3 em todas as gestações, e que as mulheres evitassem gorduras refinadas e hidrogenadas durante a gravidez."

Os ácidos graxos trans são originados pelo processo de hidrogenação, onde ocorre a eliminação de duplas ligações da cadeia de carbono dos ácidos graxos e inversão da disposição dos átomos de hidrogênio, modificando a estrutura do ácido graxo e dando assim origem aos ácidos graxos trans. Esta reação é realizada para converter óleos vegetais líquidos em gorduras sólidas ou semi-sólidas, sendo utilizada na fabricação de margarinas, gordura para fritura, massas, sorvetes, bolos, salgadinhos de pacote, biscoitos, batata-frita, dentre outros alimentos industrializados. Estes ácidos graxos também estão presentes, em pequena quantidade, em alimentos de origem animal, como carne e leite.

Contudo, o alto consumo ácidos graxos trans está associado com maior incidência de doenças cardíacas, por aumentar a concentração plasmática da LDL (lipoproteína de baixa densidade) e triglicérides, e diminuir os níveis plasmáticos de HDL (lipoproteína de alta densidade), dentre outros malefícios ao organismo.




Postado por: Débora C. L. Barbosa

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